Paciente da hemodiálise da Santa Casa de Guaçuí faz transplante de rins

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Assim que começaram os trabalhos da nova diretoria, a hemodiálise da Santa Casa de Misericórdia de Guaçuí iniciou seus trabalhos (março de 2016), com profissionais capacitados e, atualmente, 96 vagas para atender pacientes de todo o estado do Espírito Santo. Esta excelência no atendimento e tratamento garantiram o sucesso da realização do transplante renal da paciente Katia Venâncio de Almeida (35). “O período que estive em diálise na Santa Casa de Guaçuí foi muito bom, fui muito bem atendida. Os profissionais são muito bons e sempre me passaram tranquilidade”, lembra a doméstica, que fez o transplante no Hospital Meridional, em Cariacica/ES.

“No ponto de vista psicológico, pacientes em tratamento dialítico sofrem alterações emocionais relevantes que incluem: baixa autoestima, medo de complicações, transtornos de ansiedade e depressão, apatia, insegurança, dentre outros”, diz Heyd Lengruber Costa Souza, psicóloga da hemodiálise da Santa Casa de Misericórdia de Guaçuí, ressaltando que, após o transplante, aumenta a esperança de uma melhor qualidade de vida no paciente. “Sem as restrições do tratamento (hemodiálise), transplantado tem mais liberdade e consegue assim ter uma vida mais próxima da normalidade”, explica.

De acordo com a enfermeira nefrologista, Ana Paula Trigo Azevedo Rangel, os rins têm como função principal filtrar o sangue, retirando impurezas que são produzidas diariamente por nosso organismo. “Essas impurezas são eliminadas do corpo por meio da urina que os rins produzem. Se os rins de uma pessoa param de funcionar, ela necessitará ser submetida ao tratamento de diálise ou ao transplante de rim”, enfatizou.

O transplante oferece aos pacientes em diálise a chance de uma maior independência e melhor qualidade de vida. Apesar de ter passado por um processo cirúrgico complicado, Katia afirma estar bem. “Preciso cumprir a dieta, mas estou tendo uma vida normal. Me sinto muito bem”, afirma.

“Pessoas com insuficiência renal crônica, possuem restrições alimentares que devem ser seguidas para que o tratamento ocorra de maneira satisfatória. Já pacientes transplantados devem seguir uma alimentação saudável. Somente pacientes com outras doenças (hipertensão, diabetes, etc) tem restrições alimentares”, explica a Nutricionista Jessica Graziele Guedes da Silva Pirovani, da hemodiálise Santa Casa de Guaçuí.

Segundo Nilton Mendes Guerra, médico nefrologista, nem todos os doentes renais são candidatos aptos para transplante renal. “Existem certas condições clínicas que não permitem a realização de um transplante. A equipa de cuidados de saúde avaliará o seu estado clínico para transplante” diz o médico enfatizando que todos as pessoas em diálise são avaliados pelos médicos nefrologistas que informam sobre a possibilidade de integrar ou não a lista de transplante.

Consequências do transplante

A pessoa submetida a um transplante renal será capaz de voltar a ter uma dieta normal e a beber líquidos normalmente. Poderá exercer atividades normais, como trabalhar, estudar, viajar e praticar exercícios.

Entretanto, cria-se uma nova rotina na vida devido à necessidade de medicações que precisam ser tomadas todos os dias, em horários bem rígidos, além de consultas médicas e exames frequentes.

 

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