O número assusta: com a chegada do Covid-19 ao Estado, o comparativo de gastos com luvas e máscaras adquiridos pelos 38 hospitais filantrópicos no Espírito Santo cresceu de R$1,38 milhão para R$8,8 milhões entre janeiro e março, um percentual de 535%. O aumento do consumo dos materiais foi da ordem de 318%.
Responsáveis por 70% de toda a cobertura hospitalar do Estado, esses hospitais estão presentes em 34 municípios capixabas e em 27 deles são a única instituição hospitalar presente.
“Os hospitais filantrópicos são subsidiados por gestores públicos – Estado e municípios –, parceria com convênios particulares e doações. Com as mudanças nos protocolos de atendimento trazidas pela pandemia, o estoque de itens utilizados como EPI (equipamento de proteção Individual) está diminuindo e fica cada vez mais difícil bancar”, explicou o presidente da Federação dos Hospitais Filantrópicos do Espírito Santo (Fehofes), Fabrício Gaeede.
De acordo com Gaeede, as unidades de saúde precisam estar preparadas para receber a demanda de pacientes que serão encaminhados, não só das unidades de referência de tratamento ao coronavírus, mas também vítimas de contaminação pelo covid-19.
“O Hospital Jayme dos Santos Neves, por exemplo, é uma unidade de referência do coronavírus e, em caso de necessidade, encaminhará os pacientes para a Santa Casa de Vitória, que é um hospital filantrópico. Mas se o paciente do covid-19 estiver no interior do Estado, o primeiro atendimento será na rede filantrópica”, ressaltou o presidente.
Ainda segundo a Fehofes, a expectativa é de que, com o crescimento da onda epidemiológica, ainda haja um aumento de 15% a 20% no consumo de EPIs. Para manter os equipamentos disponíveis para os profissionais dos hospitais, a Federação conta com a solidariedade.
“Estamos buscando parcerias para compra coletiva de materiais importados com indústrias de outros segmentos que também os utilizam e sensibilizar a sociedade para a doação financeira, a fim de proporcionarmos atendimento a quem precisa em todo o Estado”, finalizou Fabrício.
por Carolina Boueri – EShoje
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